DE ACORDO COM A SOCIEDADE PORTUGUESA DE OFTALMOLOGIA, HÁ QUATRO SINTOMAS QUE INDICAM ALTERAÇÕES NA SAÚDE DOS OLHOS E QUE DEVERÃO MOTIVAR UMA OBSERVAÇÃO REALIZADA POR UM ESPECIALISTA.
Em benefício da preservação do bem-estar ocular, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) alerta para os vários sintomas que indicam alterações na saúde dos olhos e que deverão motivar uma observação imediata, efetuada por um oftalmologista. A saber:
Começar a ver de forma “enevoada” ou perder capacidade de visão subitamente poderá comprometer irreversivelmente a visão, constituindo uma das causas mais importantes de urgência em Oftalmologia. Nestas situações, alguns dos passos mais relevantes do exame oftalmológico são o despiste de oclusão vascular retiniana, descolamento de retina, neuropatia ótica e perda da transparência dos meios, como é o caso do hemovítreo. Para este grupo de patologias, a coexistência de doenças sistémicas poderá ser particularmente relevante. Nos casos em que existe perda gradual da acuidade visual, a observação atempada em consulta está indicada, sendo que doenças como a catarata, o glaucoma ou a doença retiniana crónica devem ser despistados.
Caso a situação seja aguda, deverá merecer especial atenção, uma vez que pode ser a forma de apresentação de inúmeras patologias oculares, desde afeções das pálpebras e anexos, conjuntiva, córnea, inflamações intraoculares ou glaucoma agudo, este último associado a dor ocular e baixa da acuidade visual. A associação de olho vermelho crónico, prurido e ardor é frequentemente atribuída ao olho seco e à alergia ocular.
É um sintoma que frequentemente motiva a observação oftalmológica, sendo a sua caraterização, quanto à localização, intensidade e sintomatologia acompanhante essencial para o diagnóstico. A dor mais intensa poderá corresponder a maior gravidade do quadro, como por exemplo uveíte, glaucoma agudo ou lesão da córnea.
Os ferimentos nos olhos carecem de observação por um especialista sempre que existir perda da acuidade visual, dor moderada a intensa, suspeita de perfuração do globo ocular ou corpo estranho intraocular. Após existir um contacto com produto químico, a irrigação ocular abundante e imediata influencia significativamente o prognóstico e, posteriormente, a observação da superfície ocular permite a exclusão de lesões que possam comprometer a função visual. A SPO lembra ainda que, em benefício da saúde ocular, qualquer sintoma agudo ou persistente inexplicado deve motivar a procura de um oftalmologista, para esclarecimento e encaminhamento adequado da situação.
Principais causas de cegueira a nível mundial são preveníveis
As principais causas dos cerca de 285 milhões de casos de baixa visão e cegueira no mundo são as cataratas, as doenças da córnea com opacificação, as infeções oculares e os erros refrativos não corrigidos. Todas elas poderiam ser prevenidas e/ou tratadas se as populações tivessem acesso a cuidados de saúde adequados, o que não acontece na maior parte dos países em vias de desenvolvimento. De acordo com a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, vigiar a saúde dos olhos é a única forma de manter a qualidade da visão. As principais causas de cegueira no mundo não são as mesmas que afetam os portugueses. Em Portugal, como noutros países do Mundo Ocidental, as principais causas de baixa visão e/ou cegueira são a degenerescência macular associada à idade (DMI), a retinopatia diabética e o glaucoma. A SPO defende que as visitas periódicas ao oftalmologista são fundamentais, assim como a observação dos olhos nas várias fase da vida, como por exemplo nas crianças, para despiste da ambliopia, vulgo “olho preguiçoso”; das mulheres grávidas ou em menopausa, cujas alterações hormonais podem provocar doença ocular; de todos os indivíduos na faixa etária dos 40 aos 50 anos, em que surge a presbiopia, vulgo “vista cansada”; e nas faixas etárias mais avançadas, para despiste de catarata e DMI. E, obviamente, a SPO recomenda vigilância apertada naqueles que têm doença ocular declarada.
Alguns factos sobre a cegueira Mundo
Fonte: www.iapb.org