SEGUNDO ESTIMATIVAS, EM PORTUGAL, MAIS DE UM MILHÃO DE PESSOAS SOFRE DE TRANSPIRAÇÃO EXCESSIVA, SITUAÇÃO QUE TEM UM IMPACTO NEGATIVO MUITO FORTE NA AUTOESTIMA E NA VIDA SOCIAL DOS AFETADOS. O QUE FAZER, ENTÃO, PARA EVITAR TAIS EMBARAÇOS?
A transpiração consiste na evaporação de água à superfície do corpo, que permite refrescar o mesmo, quando a temperatura interna ou externa sobe. O suor é um mecanismo controlado pelo sistema nervoso autónomo e, portanto, não dependente da vontade humana.
Durante exercícios físicos violentos, liberta-se calor da atividade muscular, o qual é distribuído por todas as partes do corpo, através do sangue, provocando uma subida de temperatura corporal. Os capilares da pele dilatam-se, para que uma maior quantidade de sangue possa ser trazida à superfície, perdendo calor. Este aporte de sangue à periferia faz com que a pessoa fique vermelha e afogueada. As glândulas sudoríparas segregam mais suor, que se evapora e arrefece o corpo. A frequência ventilatória aumenta e é libertada pelos pulmões uma maior quantidade de calor.
Mas não é apenas o exercício físico que provoca a transpiração. A temperatura e a humidade exteriores têm efeitos sobre o estado do corpo humano, mesmo quando este não está a ser exercitado. Também suamos quando o stress ou emoções fortes nos deixam nervosos. Estes últimos fatores estimulam a transpiração em três locais específicos: axilas, palmas das mãos e planta dos pés.
Apesar de ser uma ocorrência natural, não deixa, por isso, de ser desagradável, provocando uma incómoda sensação de mal-estar, especialmente devido ao mau odor que provoca em áreas do corpo menos arejadas.
São as bactérias que temos sobre a pele as responsáveis pela degradação do suor e pela formação de produtos voláteis, com um odor característico. Este fenómeno é mais acentuado em áreas ricas em glândulas sudoríferas, mal ventiladas e onde a humidade favorece a multiplicação das bactérias, tal com as axilas e os pés. Estes últimos por estarem fechados em sapatos.
Existem dois tipos de transpiração:
O fenómeno da transpiração excessiva recebe o nome de hiperidrose, uma disfunção provocada pela hiperatividade das glândulas sudoríparas, a qual pode resultar de um excesso de atividade do sistema nervoso simpático, que controla a produção de suor. Habitualmente, a transpiração excessiva manifesta-se nas palmas das mãos e axilas, plantas dos pés e face.
Por norma, quem sofre desta disfunção sente dificuldade no contacto social. Atitudes consideradas normais, como escrever ou dar um aperto de mão, tornam-se barreiras que impedem a sociabilidade. A situação tende a agravar-se, por existir uma tendência para o isolamento social, a fim de esconder o problema.
Estima-se que, em Portugal, existam mais de 1 milhão de pessoas a sofrer de hiperidrose. Além disso, a partir dos 40 anos e na idade de pré-menopausa, a percentagem de indivíduos que sofrem de transpiração excessiva aumenta substancialmente.
Nos casos em que a transpiração é considerada normal, bastam algumas simples medidas para evitar situações embaraçosas. Tome nota:
A grande maioria dos indivíduos não tem conhecimento dos tratamentos para a hiperidrose e, por isso, não recorre a ajuda médica. Na realidade, existem diversos tratamentos para a eliminação de suor excessivo, disponíveis em clínicas especializadas:
De entre todos, o destaque vai para as soluções não invasivas: a estimulação elétrica e as ondas eletromagnéticas. O PalmaDry, destinado em exclusivo ao tratamento de hiperidrose palmar e plantar (consideradas as de mais difícil tratamento), consiste na aplicação de uma corrente elétrica de baixa intensidade que induz à inação destas glândulas sudoríparas. O PalmaDry é um dispositivo de utilização pessoal, que permite ao paciente fazer o tratamento em casa. Na maior parte dos casos, as consultas médicas de acompanhamento poderão ser realizadas à distância.
Por sua vez, o MiraDry, utilizado em exclusivo para o tratamento do suor excessivo nas axilas, consiste na produção de energia eletromagnética (semelhante à produzida por um micro-ondas), que provoca a dissolução e absorção das glândulas sudoríparas desta zona do corpo. O processo consiste no aquecimento da camada existente entre a pele e a gordura, onde estão localizadas as glândulas do suor, até as dissolver, vaporizar e eliminar sem afetar a pele, gordura e músculos. Este tratamento oferece resultados imediatos e duradouros, que mudam radicalmente a vida de quem sofre de transpiração excessiva.
Nem todos os desodorizantes impedem a transpiração. Alguns captam os odores corporais e contêm princípios ativos para evitar o aumento de bactérias. Estes desodorizantes têm como principal objetivo disfarçar o odor desagradável causado pela transpiração.
Os antitranspirantes, outro tipo de desodorizante, contêm diversas substâncias capazes de fazerem contrair os poros da pele, diminuindo, assim, o suor.
Os desodorizantes e antitranspirantes encontram-se à venda em grandes superfícies, pequenos retalhos e farmácias, em forma de sprays, roll-on, sticks e cremes, sendo estes dois últimos tipos os mais indicados para quem sofre de transpiração em excesso, devido à maior concentração dos seus agentes ativos.
Como não impedem completamente a transpiração, estes produtos não interferem com a termorregulação. No entanto, este tipo de desodorizantes pode ser a causa de alguns problemas, dos quais a irritação cutânea é o exemplo mais vulgar. Mas este efeito secundário só se verifica quando o produto não é convenientemente aplicado. Para evitar que se dê este caso, os antitranspirantes devem ser aplicados sobre uma pele limpa e seca, que não apresente ferimentos e nunca após a depilação.
Toda a gente se sente revigorado após um bom banho. Quer seja um rápido duche ou um longo e relaxante banho de imersão. Contudo, devido a razões ambientais e à falta de tempo, o duche substituiu, maioritariamente, o banho de imersão.
Seja qual for o tipo de banho que prefira, o contacto da pele com a água é sempre uma fonte de prazer e higiene. Muitas vezes, o banho chega mesmo a ser uma forma de terapia. Dependendo da finalidade que se dá à água, esta poderá eliminar celulite ou melhorar a circulação do sangue.
Eis alguns conselhos a seguir, para tirar o melhor partido, quer higiénico quer terapêutico, do banho de chuveiro e de imersão:
São as bactérias que temos sobre a pele as responsáveis pela degradação do suor e pela formação de produtos voláteis, com um odor característico.
A grande maioria dos indivíduos não tem conhecimento dos tratamentos para a hiperidrose e, por isso, não recorre a ajuda médica.